1. |
Saudade (parte 1)
02:20
|
|
||
O fim se estenderá sobre as montanhas
Que aconchegam os meus mais belos sonhos
Mas mesmo depois de toda lástima derramada
Você sempre terá um amigo em mim
|
||||
2. |
Vir-a-Ser
02:39
|
|
||
E pra onde voltar? Pro nada!
Somos resultado de tudo que nos cerca
Do ontem que é ontem
E do hoje que se tornou o amanhã
Que será como ontem
Vendemos o passado
Pela alegria que virá no futuro
Para quê querer ter algo se não pra ter inveja de si mesmo?
|
||||
3. |
Enchente
03:36
|
|
||
Fortes estruturas de concreto e aço ruíram
Graças ao contra-ataque da Mãe Natureza
Moradias arrastadas pela água
Pessoas soterradas pelas colinas que vieram abaixo
A criança lamenta a perda de seus pais
Que descansam em meio aos escombros
De sua antiga morada
Suas lágrimas misturam-se com a chuva
E se perdem como os momentos se perdem no tempo
|
||||
4. |
Três guarda-chuvas
04:09
|
|
||
De tão comum que o molhado se tornou
O seco parece o lado de fora
É em dias assim que eles se encontram
Em uma poça qualquer, em uma esquina de fatos úmidos
E TUDO VIDA UM RIO, UM MAR...
E TODA CORRENTEZA LEVA E LAVA COISAS TÃO LEVES
...a vagar com o leve preço de usar um capuz encharcado
de lágrimas que caem do céu
Em seu caminho, em sua peça pessoal
E a chuva continua a cair e molhar
Que alma não precisa ser lavada?
Que cabeça não pode ser molhada?
Que coração nunca encharcou?
O conforto da água, do úmido
É tão desconfortante para quem não se molha
Coisas secas duram mais e quebram mais fácil
E lá vão eles, enfrentando a chuva
Com cabeças longes e pés úmidos
|
||||
5. |
Ponteiros
01:47
|
|
||
Ponteiros demarcam o limite da potência
De uma existência efêmera
Toda velocidade como meta
Todo estupor como desperdício
E o letárgico visto como derrotado
Quando do passado se extrai a verdade
De toda experiência
Onde vivenciar é concluir
E O TEMPO A CONSUMIR O QUE RESTOU DE NOSSAS VIDAS
As potencialidades humanas se deparam com barreiras que se traduzem
em segundos, e tudo que circunscreve a história já vivida é tido como
valor, estima. O passado está morto. Não há nada a que se agarrar, nem
a justificar as ações que se desenrolam no presente
|
||||
6. |
Viver Fim
02:50
|
|
||
Queria voltar a saber perder
Me readaptar ao fracasso
Acostumei-me às glórias, alegrias e vitórias
E agora quero descer do Paraíso
Para pairar em lugares em ar
Instabilidade de emoções
Constantes variações
Insatisfação pessoal
Comportamento compulsivo auto-destrutivo
É o fim, é o fim de mim
|
If you like MOTIM, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp